Instituto Thera

Sobre a Capsulite Adesiva

 
A capsulite adesiva, conhecida popularmente como ombro congelado, é uma doença que causa inflamação na cápsula articular do ombro (membrana que reveste a articulação) e gera dor, seguida de limitação dos movimentos do ombro. A causa da capsulite adesiva  não está bem esclarecida pela medicina até o momento. Sabe-se que ela é muito mais frequente em pacientes com doenças hormonais, como o diabetes e as doenças da tireoide (hipo ou hipertireoidismo), doença de Parkinson e doença cardíaca, mas pode ocorrer em indivíduos sem essas alterações. Ela é mais frequente na população entre 40 e 60 anos de idade e é mais comum nas mulheres do que nos homens. Também pode ocorrer em pacientes que permanecem com o ombro imobilizado por período prolongado após uma fratura ou trauma em ombro. A capsulite é considerada uma doença com regressão espontânea. O problema é que essa cura pode levar até 2 ou 3 anos, sendo necessário controle de dor durante esse período.

A capsulite adesiva ocorre em 3 diferentes fases, com características diferentes. Quando essa inflamação na cápsula ocorre, inicia-se a primeira fase da capsulite, que é a fase inflamatória. A dor pode ser leve no início, mas em poucos dias ou semanas progride para uma dor muito forte e extremamente limitante. Nessa fase, o movimento do ombro, apesar de doloroso, pode ainda estar normal. Essa fase dolorosa pode durar alguns meses. Em seguida, inicia-se a fase de rigidez ou congelamento, em que há uma perda progressiva dos movimentos do ombro. Ainda pode haver dor nessa fase, mas de menor intensidade. Como o movimento está restrito, pode ser difícil realizar as atividades cotidianas, como higiene pessoal, vestir uma camiseta, alcançar objetos em uma prateleira ou mesmo tentar colocar o cinto de segurança. Essa fase de rigidez pode durar mais de um ano! Por último, vem a fase de descongelamento, com uma duração muito variável, em que o movimento do ombro melhora progressivamente, com a resolução da doença. Alguns pacientes ficam com alguma restrição de movimento após o ciclo da doença se completar.

 
 
O tratamento clínico é suficiente na maioria das vezes para o paciente com capsulite adesiva. Na fase dolorosa inflamatória são realizados tratamentos para diminuição da dor e inflamação, e na fase de rigidez o tratamento é voltado para o alongamento e ganho de movimentação. Na fase dolorosa, a movimentação não deve ser excessiva para que não haja piora do quadro.

Além de medicação analgésica e anti-inflamatória, é de extrema importância a fisioterapia, que poderá recursos como a hidroterapia, acupuntura, eleltrotermoterapias como modalidades analgésicas e a cisnesioterapia para o restabelecimento dos movimentos do complexo do ombro. Infiltrações no ombro e bloqueio de nervo da região podem ser indicados.